Família Romeiras Salgado Moura

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/CPF/RSM
Title type
Atribuído
Date range
1865 Date is uncertain to 1968 Date is uncertain
Dimension and support
Dimensão: 1.198 docs. fotográficos e 3 capilhas com docs. administrativos; Suporte: papel e película; Cor: p/b e cor; Processo Fotográfico: Albumina e gelatina e sal de prata
Extents
1,09 Metros lineares
4 Álbuns
10 Envelopes
3 Capilhas
Biography or history
A família Romeiras Salgado Moura, segundo os documentos incluídos na documentação, descende de Joaquim César Romeiras, natural de Nossa Senhora da Vila em Montemor-o-Novo, que em 1890 casou com Leopoldina Augusta Varela, natural da mesma freguesia.

A família Varela Romeiras eram proprietários agrícolas, donos da Quinta da Ruiva e a Quinta da Ponte. Viviam na vila de Montemor-o-Novo, mas iam de férias para as quintas da família, que ficavam a cerca de 2 kms. Segundo o boletim da Câmara dos Deputados, de julho de 1915, Joaquim Romeiras era também industrial de padaria e negociante de farinhas e, de acordo com a publicação “Lavradores de Montemor” foi Vice-Presidente da Câmara de Montemor-o-Novo. Deste casamento nasceram 8 filhos, quatro rapazes (Francisco, António, Augusto e Joaquim Júnior) e quatro raparigas (Feliciana, Bernardina, Eugénia e Joaquina).

O filho mais velho, Francisco Augusto Varela Romeiras nasceu a 14 de Agosto de 1891, na freguesia de Nossa Senhora da Vila, em Montemor-o-Novo e virá a casar em 1915 com Augusta Salgado, natural de Setúbal e filha de João José Salgado Júnior, gerente da sociedade Salgado Miguens & C., e de Adelaide Albuquerque Monteiro, uma família influente na cidade de Setúbal.

Há documentos que indicam que Francisco Romeiras estudou no colégio particular Escola Académica, estabelecimento de ensino de elite da cidade de Lisboa, o qual estava instalado na Quinta de S. João do Monte Agudo à Penha de França e promovia modalidades de ginástica sueca, germânica, esgrima, passeios ao ar livre e até uma piscina para a prática de natação. O pavilhão Escolar era destinado sobretudo às atividades de Educação Física, mas albergava também os gabinetes de Física e de História Natural, as Salas de Desenho e Pintura, a Biblioteca, uma nova capela, salas de aula e o refeitório de alunos e professores.

De acordo com a sua caderneta militar, assentou praça na 4ª Companhia de subsistências, onde constava como solteiro e estudante e foi incorporado a 15 de janeiro de 1912. Em 1910, entrou como escriturário para as Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade, sendo que laborou na Fábrica de Gás de Setúbal, de que veio a ser o chefe, desde 1913 até ao seu encerramento. De volta a Lisboa, foi nomeado encarregado da venda de sub-produtos e a seguir Chefe do Serviço dos Armazéns. Reformou-se em 1961 com 50 anos de bons serviços, tendo sido oferecido um almoço homenagem e comemorativo do 50º aniversário da entrada ao serviço da empresa, o qual foi publicitado nos quatro jornais de maior tiragem de Lisboa (Diário Popular, Diário de Lisboa, Diário de Notícias e O Século).

Será em Setúbal que conhece Augusta Salgado com quem vem a casar. Em 1916 nasce a sua única filha Maria Adelaide Salgado Romeiras, que frequentou o Conservatório Nacional de Música, entre 1931 e 1935, concluindo o 3º ano de Ciências Musicais.

Paralelamente administrava as propriedades da família, nomeadamente na zona de Setúbal e Montemor-o-Novo, quer as quintas herdadas de seus pais, quer as propriedades herdadas pela sua mulher, prédios urbanos na rua das Ricas e Travessa do Arco ou os prédios rústicos com olival e terra de semeadura, nos lugar de Sobreiro, Cangas, Gormicho e Taipa.

Era uma pessoa muito ativa nas questões associativas, tendo estado ligado a diversas instituições de de Setúbal, como o Clube de Futebol de Setúbal, a Casa do Povo e a Banda Filarmónica. Em Lisboa, esteve também ligado ao “Club Taurino Manoel dos Santos”, de que foi o sócio nº 951, de acordo com o recibo de quotas do ano de 1913, e ao “Grupo Amigos de Lisboa”, instituição de carácter cultural fundada em 1936, de que foi o sócio nr. 1018, conforme cartão de identidade, constante da documentação recebida. Morreu em 1962, com 71 anos, tendo vivido a maior parte da sua vida com a filha e o genro Henrique, dada a prematura morte de sua mulher, em 1950.

Em 1952, Maria Adelaide Salgado Romeiras casa com Henrique Moura (1915-1968) filho de Januário José de Moura, natural de São João do Peso, em Vila de Rei, que se estabeleceu no Brasil, e de Sofia Beatriz de Moura, nascida no Brasil (1889-1978).

A única descendente deste ramo da família, que nasce em 1953, é uma fonte de inspiração para se dar uso à máquina fotográfica.

Henrique de Moura era engenheiro e de acordo com o Diploma da Função Pública, junto à documentação, foi professor da Escola Industrial de Setúbal. Morre de ataque de coração aos 58 anos.

Em 1978, com 89 anos, morre Sofia Beatriz de Moura, mãe de Henrique, ficando Maria Adelaide sozinha com a filha Augusta Maria.
Acquisition information
Em 2016, foi assinado o Protocolo de Doação do Arquivo da Família, de que foi doadora Augusta Maria Romeiras Salgado Moura, representada pela sua Tutora legal Maria Teresa Romeiras de Lemos, sua prima.
Scope and content
A documentação deste arquivo de família resulta da transmissão, acumulação e produção no decurso das 4 gerações da família, que segundo os documentos incluídos na documentação, descende de Joaquim César Romeiras, natural de Nossa Senhora da Vila em Montemor-o-Novo, que em 1890 casou com Leopoldina Augusta Varela, natural da mesma freguesia.

Em termos de conteúdo a maioria das fotografias documentam as várias gerações da família, nomeadamente a Augusta Maria Romeiras Salgado Moura (1953) e foram tiradas na região de Setúbal, Montemor-o-Novo, Peso, em Vila de Rei e Lisboa. Há também fotografias da praia das Maças, em Sintra, de Troia e de São Pedro de Muel, onde passava férias .

Há também, fotografias sobre equipes de futebol, dada a sua ligação à Associação de Futebol de Setúbal, bem como da Casa do Povo da sua freguesia.

Inclui certidões de doações, processos, sentenças, contratos de casamento, testamentos, entre outros documentos.
Arrangement
Classificação dos documentos em categorias seguindo a organicidade do conjunto de acordo com a classificação com que a documentação foi entregue: duas séries (uma para a documentação adminsitrativa e pessoal e outra para a documentação fotográfica). Cada uma das séries foi classificadas tendo em conta a organização extraída do modo como a documentação foi entregue por unidade de instalação (capilha, envelope e/ou álbum). Procedeu-se à sua ordenação cronológica em cada uma das séries e respetivas unidades de instalação.
Access restrictions
Documentação não acessível, aguarda digitalização.
Conditions governing use
A reprodução de documentos encontra-se sujeita a algumas restrições tendo em conta o tipo dos documentos, o seu estado de conservação, o fim a que se destina a reprodução, às normas que regulam os direitos de propriedade e à legislação sobre os direitos de autor e direitos de personalidade. A utilização da reprodução para efeitos de publicação está sujeita a autorização do Diretor de Serviços do CPF. O serviço informa, caso a caso, das opções disponíveis.
Language of the material
Português
Other finding aid
Catálogo (digital) Digitarq (base de dados de descrição arquivística).
Creation date
26/07/2023 12:53:00
Last modification
08/08/2023 11:06:19
Record not reviewed.