Conde de Alpendurada

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/CPF/ALP
Title type
Atribuído
Date range
1903 Date is certain to 1940 Date is uncertain
Dimension and support
504 doc. fotográficos de 9x12cm e 13x18cm; Suporte: vidro; Polaridade: negativos; Cor: p/b; Processo Fotográfico: gelatina e sal de prata.
Extents
1,3 Metros lineares
14 Caixas
Biography or history
O autor deste conjunto de documentos fotográficos é João Baptista de Carvalho Pereira de Magalhães, 2º conde de Alpendurada. Sabe-se que o título em questão se deveu a um decreto de 25.05.1882, atribuído pelo rei D. Luís I, a João Batista Pereira da Rocha, 1º conde de Alpendurada, avô do autor, o qual era casado com Josefina Augusta Vieira de Magalhães, 2ª viscondessa de Alpendurada.

João Baptista de Carvalho Pereira de Magalhães, 2º conde de Alpendurada, nasceu em Lamego, na Casa dos Loureiros, no dia 4 de dezembro de 1877 e viria a casar no Porto, com Maria Inêz Cândida de Melo Vaz de São Paio, da Casa da Ribalonga, em 25 de Junho de 1905.

Fruto dessa união, nasceriam cinco filhos, entre os quais o 3º conde de Alpendurada. Diz quem conheceu o 2º conde, que a sua postura e semblante, desde logo indicavam fidalguia e altivez a par de uma personalidade terna e afável. Nas palavras de Humberto Pinho da Silva, amigo de infância de um dos filhos, “uma mescla de militar e de santo”.

Ainda que com uma vivência um pouco mais modesta do que a de seus antepassados fidalgos, a família viveu alguns anos de forma desafogada, essencialmente sustentada nos rendimentos decorrentes das propriedades de que era herdeira. A quinta do Mosteiro de S. João Baptista de Alpendurada tinha enormes pomares, nomeadamente a produção de laranja. Também o azeite e o vinho verde eram outros produtos produzidos na quinta, tendo o conde até criado marca própria.

Sabe-se porém que, no final anos 20, um sério revés económico, relacionado com a produção e comércio de vinho e azeite, ditaria a alienação das melhores propriedades, nomeadamente o Convento de São João Baptista de Alpendurada, adquirido em hasta pública em 1834, pelo seu bisavô António Vieira de Magalhães, e morada de família desde o casamento de seus pais (1878), e também uma substancial alteração nos padrões de vida.

O convento e a sua quinta são vendidos, em 1926, a Regina Quintanilha, residente de Lisboa, primeira mulher licenciada em Direito e Advogada em Portugal.

João Baptista Carvalho Pereira Magalhães, 2º conde de Alpendurada, viria a falecer em 21 de fevereiro de 1951, com 74 anos, na sua casa na Foz do Douro, no Porto.
Geographic name
Lamego
Functions, ocupations and activities
Fidalgo da Casa Real com exercício no Paço, proprietário e viticultor, administrador do Real d'Águas e demais privilégios nos rios Douro e Tâmega.
Internal structure/genealogy
João Baptista de Carvalho Pereira de Magalhães é filho de Francisco António Pereira de Magalhães (1852-1897), Senhor do Convento de Alpendurada e das casas da Várzea e Pinheiral e de Maria Filomena Carvalho Rebelo Teixeira Sousa, também dita de Alcoforado (1849-1923), da Casa do Poço.

O seu pai Francisco António Pereira de Magalhães teve 5 irmãos, os quais eram António Magalhães (1854-1892?), Lúcia Josefina Magalhães (1857-1906), João Baptista Magalhães (1858-?), Maria Josefina Magalhães Girão (1862-1942) e Henriqueta Magalhães Osório (1863-1946) e a sua mãe Maria Filomena Carvalho Rebelo Teixeira Sousa teve 4 irmãos, os quais eram Maria do Carmo, Manuel, Diogo (1839-192?) e Francisco (1842-192?).

João Baptista de Carvalho Pereira de Magalhães teve uma irmã, Maria Josefina de Carvalho Pereira de Magalhães (1879-1949), que casou com Guilherme Wandschneider (1868-1921), em 1906, proprietário da empresa de vinhos do Porto espumantes "Casa Wandschneider", e tiveram 4 filhos, Maria Josefina, nascida em 1907, Francisco, nascido em 1908, Manuel, nascido em 1909 e Maria Luísa, nascida em 1911.

João Baptista de Carvalho Pereira de Magalhães, casou, em 1905, com Maria Inêz Cândida de Melo Vaz de São Payo (1880-1955), da Casa da Ribalonga,Carrazeda de Ansiães e 11ª de Vila de Ossos, e tiveram 6 filhos, Francisco (1909-1981), Manuel (1911-1986), João (1913-1982), António (1914-1993), Luís (1916-1935) e Maria Inês (1921-1998).

Maria Inêz Cândida de Melo Vaz de São Payo era filha de Manuel de Mello Vaz São Payo Pereira Pinto do Lago (1837-1894), fidalgo da Casa Real, Senhor das Casas de Ribalonga, em Carrazeda de Ansiães, e de Espinhosa, e Inêz Cândida Vaz Guedes Pereira Pinto Bacelar (1838-1908), Senhora da Casa de Vilar de Ossos, em Vinhais, filha dos terceiros viscondes de Montalegre. Maria Inêz Cândida de Melo Vaz de São Payo era a mais nova de 7 irmãos, os quais eram Maria Ana (1866-1946), António (1867-1941) Delegado do Procurador Régio em Vinhais, Miguel (1870-1943) militar da Armada, Maria Isabel (1871-1943), Luiz (1873-1944) coronel, Manuel (1898-1970) juiz de Direito.
Custodial history
Documentação transmitida por via familiar.
Acquisition information
Documentação adquirida por doação de Maria Filomena Leite Pereira de Magalhães, neta do autor, em representação da família Pereira de Magalhães, em 2012 e 2017.
Scope and content
As fotografias retratam aspetos do quotidiano, da família e das vivências pessoais de João Baptista Pereira de Magalhães produzidas no âmbito da esfera sentimental e vivências pessoais, designadamente cenas familiares dos condes de Alpendurada e seu enquadramento paisagístico e histórico-cultural. Retratam essencialmente grupos de família, quintas, caçadas, touradas, procissões, monumentos religiosos e paisagens captadas nas suas propriedades de Alpendurada, Vilar de Ossos, Lamego e Porto, entre 1902 e 1926.

Existe ainda uma fotografia, que não é da sua autoria, de sua nora Maria Teresa Oliveira Leite Pereira de Melo.
Documental tradition
Original
Documental typology
Fotografia
Arrangement
Classificação dos documentos em categorias seguindo a organicidade do conjunto de acordo com as áreas temáticas que o produtor estabeleceu, com ordenação cronológica.
Access restrictions
Documentação acessível em cópia digital. Uma parte do sub-fundo está inacessível porque aguarda tratamento.
Conditions governing use
Reproduzível, contudo a reprodução de documentos encontra-se sujeita a algumas restrições tendo em conta o tipo dos documentos, o seu estado de conservação e o fim a que se destina a reprodução.

A reprodução para terceiros apenas é autorizada para fins culturais, científicos, ou outra que não possua a vertente comercial.

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Language of the material
Português
Other finding aid
Catálogo (digital) Digitarq (base de dados de descrição arquivística).
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O Arquivo Nacional da Torre do Tombo tem documentos relativos à família - http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2108122
Creation date
20/12/2013 09:54:05
Last modification
20/07/2021 10:48:39
Record not reviewed.