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Centro Português de Fotografia
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CAF
Colecção Álbuns Fotográficos
1850/1970
0017
Vida Rústica: Costumes e Paisagens
1924/1924
Digital representation
Available services
Reproduction request
Early consultation
Vida Rústica: Costumes e Paisagens
Description level
Instalation unit
Reference code
PT/CPF/CAF/0017
Title type
Formal
Date range
1924
to
1924
Dimension and support
Dimensão: 1 livro de 31,5x25x0,5cm com 30 fotografias Suporte: papel
Extents
1 Livros
0,005 Metros lineares
Producer
Abreu, José Marques de. 1879 -1958
Biography or history
José Antunes Marques Abreu nasceu em Pereira, uma freguesia de Mouronho, no concelho de Tábua, a 14 de fevereiro de 1879 e faleceu no Porto, a 3 de julho de 1958.
Passou a infância na sua região natal. Frequentou a Escola Primária da Carapinha a oito quilómetros da sua aldeia. Com 12 ou 13 anos, foi entregue aos cuidados do tio Dinis, farmacêutico estabelecido na vila de Tábua, onde trabalhou durante um ano e meio, mudando para a Farmácia Quaresma, na povoação de Coja. Sete meses depois partiu para Lisboa. Aí manteve-se pouco tempo, pois em 1893, com 15 anos, foi para a cidade do Porto.
Com a sua experiência de ajudante de farmácia, conseguiu emprego numa farmácia na Rua de Costa Cabral, e mais tarde noutra na Rua Nova da Alfândega. Simultaneamente, os pais vieram viver para o Porto, junto do filho.
Pouco depois, mudou definitivamente de área de trabalho, iniciando-se como gráfico no atelier "Courrége & Peixoto", de Germano Courrége e entretanto matricula-se no curso de Desenho Elementar da Escola Industrial Faria Guimarães.
Em 1898, com apenas 19 anos, fundou em sociedade com Cunha Moraes, o seu atelier na zona de S. Lázaro e iniciou a publicação da 1.ª série da "Ilustração Moderna" (1898-1903).
Paralelamente, ainda tem tempo para outras colaborações, pois em 1899, integra como operador o atelier de zincogravura da "Fotografia Universal", instalada na rua de Cedofeita, que tinha como diretor artístico Germano Courrége.
Em 1901, passou pelas oficinas de gravura do jornal "O Primeiro de Janeiro", onde com José Augusto da Cunha Moraes, dirigiu as respetivas oficinas de fotogravura. No atelier "Courrége & Peixoto" realizou as zincogravuras das revistas "Sombra e Luz" (1900-1902) e "Theatro Portuguez" (1902).
A partir dessa altura passou apenas a dedicar-se em exclusivo às suas oficinas "Marques de Abreu zincogravura, fotogravura, símile-gravura", na Rua de S. Lázaro, n.º 336.
De 1905 a 1912 publicou uma segunda revista, a coleção de monografias "Arte: Archivos de Obras de Arte", reproduzindo obras de Soares dos Reis, Bordallo Pinheiro, Teixeira Lopes, Sousa Pinto, mas também de Miguel Ângelo, Rubens, Rafael, Velázquez, acabando por se tornar num arquivo de obras artísticas nacionais e estrangeiras. Nesta revista colaboraram Joaquim de Vasconcelos, António Augusto Gonçalves, Marques Gomes, Manuel Monteiro, Monsenhor Augusto Ferreira, entre outros.
Edita ainda, em 1907, em colaboração com a sua mulher Brites Moraes Coutinho, a revista quinzenal ilustrada “Instantâneos”.
Em 1909, do seu casamento com Brites Moraes Coutinho, nasce José Marques Abreu Júnior, com quem, anos mais tarde, virá a trabalhar ao serviço da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).
A 4 de Janeiro de 1914 é realizada, no Ateneu Comercial do Porto, a exposição "Arte Romântica em Portugal", resultado dos quinze anos de trabalho e viagens conjuntas com o investigador Joaquim de Vasconcelos, com quem desenvolveu uma grande amizade. O resultado deste trabalho é publicado em 1918, sob o mesmo título "Arte Românica em Portugal".
O Ministro Prof. Alfredo de Magalhães, através da Portaria de 5 de Janeiro de 1914, apresenta publicamente testemunhos de louvor pelos “(…) serviços que tem prestado à causa da Instrução Nacional, e pelo seu notável esforço editorial de eruditas monografias sobre arqueologia e história da "Arte Portuguesa"(…).”
A produção editorial de Marques Abreu foi diversificada, sendo de assinalar mais de 28 títulos, de que se podem destacar o "Álbum do Porto", o "Álbum de Portugal" (1914), "Vila do Conde e o seu alfoz: origens e monumentos" (1923) e o álbum "Vida Rústica - Costumes e Paisagens" (1924). Também é de salientar a produção de zincogravuras para outros editores como o caso de Emílio Biel, na obra "O Douro", de Manuel Monteiro.
Entre 1926 e 1932 publica a sua terceira revista, a 2.ª edição da "Ilustração Moderna", agora com a colaboração do seu filho.
Em 17 de Dezembro de 1928, o Governo conferiu-lhe o Grau de Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada, pelo seu trabalho de divulgação dos monumentos nacionais.
Dedicou-se ao ensino técnico na Escola Infante D. Henrique, no Porto, tendo em novembro de 1932, sido nomeado Mestre da Oficina de Gravura Química.
Marques Abreu desde o início da sua atividade dedicou-se à gravura, sobretudo no campo da gravura química, especializando-se na zincogravura. Este processo veio permitir a edição de publicações ilustradas com grandes tiragens, nomeadamente periódicos. Foi um dos pioneiros dessa técnica entre nós e o seu papel não se limitou à produção do seu atelier mas estendeu-se à divulgação das técnicas gráficas nomeadamente através das obras: "O Ensino das Artes Gráficas" (1935), a "Escola Profissional de Tipografia de Bruxelas e o ensino técnico dos gráficos em Portugal" (1938) e "O Ensino das Artes do Livro" (1942).
A partir de 1935 deixa de fotografar mantendo as atividades de investigador e editor.
Em 1955, a Escola Superior de Belas Artes do Porto dedicou-lhe a exposição retrospetiva da sua obra intitulada “Marques de Abreu e a sua obra”. Esta exposição serviu como homenagem pública, tendo-se publicado por essa ocasião um catálogo.
Já após a sua morte, em 1964, realizou-se no Ateneu Comercial do Porto a exposição "Templos Românicos em Portugal", como forma de comemorar os cinquenta anos da exposição "A Arte Romântica em Portugal" e homenagear Marques de Abreu.
Functions, ocupations and activities
Gravador, fotógrafo, investigador e editor
Acquisition information
Aquisição por doação de Orlando da Rocha Pinto em 2005
Scope and content
Este álbum conforme o seu título indica apresenta costumes, trajes e paisagens da vida rústica minhota.
Das raparigas e mulheres de Vila Nova de Famalicão, de Louzada, de Milheirós na Maia, do Porto, da Madalena em Vila Nova de Gaia às atividades agrícolas este álbum põe em evidência a ruralidade destes locais.
Mostra paisagens ribeirinhas do rio Leça, em Milheirós, dos rios Ave e Este em Santo Tirso e Vila do Conde, bem como revela paisagens rurais de Águas Santas, de Leça do Balio, de Ermesinde, de Barcelos, de Burgães, das Caldas da Saúde, da Granja e do Areinho, em Vila Nova de Gaia.
Access restrictions
Documentação acessível em formato digital.
Conditions governing use
Documentação reproduzível ontudo encontra-se sujeita a algumas restrições tendo em conta, o fim a que se destina a reprodução. A utilização da reprodução para efeitos de publicação está sujeita a autorização do Diretor de Serviços do CPF. O serviço informa, caso a caso, das opções disponíveis.
Physical location
Depósito Geral Estante 11
Language of the material
Português
Type of container
Livro
Location of originals
Toda a documentação do autor foi adquirida pelo Centro Português de Fotografia, em Novembro de 2017, onde poderão estar os negativos destas imagens.
Related material
A coleção Marques Abreu do Centro Português de Fotografia - PT/CPF/MRQ;
O fundo Marques Abreu do Centro Português de Fotografia, que aguarda tratamento.
Creation date
11/02/2016 14:39:53
Last modification
06/10/2023 10:10:07
Record not reviewed.
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