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Companhia de Moçambique

Description level
Instalation unit Instalation unit
Reference code
PT/CPF/CNF-CALVB/0041
Title type
Formal
Date range
1894 Date is uncertain to 1910 Date is uncertain
Dimension and support
1 caderno (22x32,5x1 cm); com 55 documentos fotográficos em papel (gelatina e sais de prata)
Biography or history
A Companhia de Moçambique foi criada pelos decretos de 11 de Fevereiro e de 31 de Julho de 1891, contudo a sua constituição legal e definitiva, por dificuldades surgidas aquando da subscrição do capital, só tenha acontecido em 5 de Maio de 1892.



Esta companhia surge por requerimento, de 1888, em que se solicitava, por 30 anos, o direito de exploração colonial, em todos os seus ramos, mas principalmente na pesquisa, registo e lavra de minas, existentes no distrito da Zambézia e de Sofala para uma sociedade a designar de Companhia Nacional de Moçambique.



Este requerimento foi apresentado por força do adido militar em Paris, Joaquim Carlos Paiva de Andrade, juntamente com o Conde de Penha Longa, Sebastião Pinto Leite, também Visconde de Gandarinha; Joaquim Pedro de Oliveira Martins, mais conhecido por Oliveira Martins; que desde 1892 fez parte da pasta da Fazenda e em 1893 foi nomeado vice-presidente da Junta do Crédito Público; Edmond Bartiossol, conhecido entre nós por Eduardo Bartissol, um engenheiro de estradas e pontes, nascido numa família de pedreiros, em 1875 chegou a Portugal como um representante da Financière de Paris, tendo em 1889 obtido o título de visconde; Eduardo Ferreira Pinto Basto, grande comerciante e proprietário da firma E. Pinto Basto; Fontes Pereira de Melo Ganhado, Carlos de Lima Mayer, o médico que trocou a clínica pela gestão de empresas financeiras, e Jaime dos Santos Couvreur, General de Artilharia.



O Governo concessionou à companhia as terras que abrangem o território de Manica e Sofala, podendo assim, também neutralizar a influência, no território, da British South Africa Company.



A companhia apesar de portuguesa, tinha capitais franceses, ingleses e sulafricanos, pelo que além da sede em Lisboa, tinha delegações em França e Inglaterra.



A principal fonte de receita da companhia vinha da exploração mineira, contudo a partir dos anos 20, a companhia direccionou a sua acção para a agricultura, cultivando milho e outros cereais, tabaco, açucar, algodão, sizal, acácia, borracha, café, coco e ainda para a criação de gado.



A maior parte destas culturas agrícolas encontravam -se nas mãos de subconcessionárias, como é o caso da Companhia Agrícola de Moribane, a Rhodesian Cotton Syndicate, a Propriedade Maria Helena, a Companhia do Buzi ou a Empresa Mac-Callum.



A Companhia Agrícola de Moribane, situada na costa sul do Govuro, propriedade do Visconde de Carnaxide, António Baptista de Sousa, e sob a direção do gerente agricola Grandmaison.



A Propriedade Maria Helena, também no Govuro, era propriedade do Dr. Augusto Soares, dirigida pelo africanista Sousa Monteiro.



Por exploração direta da Companhia estavam as propriedades da Cherinda, em Chiloane, de Nova Fontesvila e de Cheringoma-Mazamba, em Neves Ferreira, em Sena e os Jardins de Ensaio em Chimoio e Govuro.

O Jardim de Chimoio foi criado em 1904 e o Jardim de Mambone foi estabelecido pelo agronomo Coulombier em 1902 e ficava na cisrcunscrição do Govuro, num local de nome Genga.
Custodial history
Desconhece-se a forma como a documentação foi adquirida por Francisco José de Brito Belchior.
Acquisition information
Documentação adquirida por compra a Francisco José de Brito Belchior, em Junho de 2006, com apoio mecenático Sonae e BPI.
Scope and content
O álbum foi realizado no âmbito da atividade da Companhia de Moçambique.



Apresenta algumas dependências administrativas, em Sofala, e as propriedades, ligadas ao setor agrícola e agro-industrial, sob exploração direta da Companhia, como as propriedades da Cherinda, em Chiloane e os Jardins de Ensaio de Mambone, no Govuro e em Chimoio, bem como as subconcessionárias, Companhia Agrícola de Moribane e José da Rosa.



Das culturas agricolas destacam-se os viveiros de algodão, sizal, borracha, café, ágave, coco e ainda a criação de gado.



Todas as imagens têm no seu verso a legenda, quer em inglês, português ou francês, sendo certo que a direção técnica, quer da Companhia de Moçambique, quer da consessionária Companhia Agrícola de Moribane, não eram portuguesas.
Access restrictions
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Physical location
Depósito Geral, Armário 04, Gaveta 15 e Armário 02, Gaveta 08
Previous location
4062
Language of the material
Português, francês e inglês
Location of originals
Portugal, Torre do Tombo, Companhia de Moçambique S.A.R.L. (PT-TT-CMZ)
Alternative form available
Portugal, Torre do Tombo, Companhia de Moçambique S.A.R.L. (PT-TT-CMZ)
Related material
Relação completiva: Moçambique, Arquivo Histórico de Moçambique, Companhia de Moçambique; Portugal, Torre do Tombo, Companhia de Moçambique S.A.R.L. (PT-TT-CMZ)
Publication notes
Sociedade de Geografia de Lisboa; Companhia de Moçambique - A Companhia de Moçambique na exposição da Sociedade de Geographia de Lisboa. Memoria ácerca de algodão e borracha, (1906); COMPANHIA DE MOÇAMBIQUE, in http://ttonline.dgarq.gov.pt/cmz.htm.
Creation date
09/05/2008 00:00:00
Last modification
13/09/2023 14:48:57
Record not reviewed.