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[António Novaes]

Description level
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Reference code
PT/CPF/NP/000041
Title type
Atribuído
Date range
1916 Date is uncertain to 1916 Date is uncertain
Dimension and support
Imagem fixa digital, p/b, 22x28cm, 300 ppi. 2544x3208 px, 23,38 Mb, TIF
Biography or history
António Novais, filho de Henrique Novais e Fábia Emília de Novais, nasce em 1855 e morre em 1940. É o mais velho de quatro irmãos: Alfredo Novais (1865-?) - o terceiro e menos conhecido - dedica-se à pintura e ao comércio; Eduardo Novais (1857?-1951) e Júlio Novais (1867-1925), dão também o seu contributo para a fotografia da época.

António Novais viveu e trabalhou em Lisboa. Contemporâneo de Joshua Benoliel, destaca-se como fotógrafo da família real executando primorosos retratos para o rei Dom Carlos e recebendo o título de "Fotógrafo da Casa Real Portuguesa". Fotografa os principais acontecimentos político-sociais e figuras da época, entre os quais se destacam: em 1903, o rei Dom Carlos e o príncipe Dom Manuel; em 1904 acompanha a visita da rainha Alexandra de Inglaterra a Portugal, bem como a do rei Dom Afonso XIII de Espanha. Colabora das revistas "Ilustração Portuguesa", "Ocidente", "Serões", "Brasil-Portugal", "Semana Ilustrada", Tiro & Sport; e nos jornais "A Época" e "Nação". A partir de 1913 não encontramos qualquer referência ao fotógrafo. Subsistem algumas dúvidas, quer quanto à data de início de atividade, quer quanto ao percurso profissional de António Novais. Sabemos que quando casou com Maria Rufina do Carmo, a 5 de outubro de 1874, já exercia a profissão de fotógrafo; tinha 19 anos e morava na rua do Arco do Marquês de Alegrete, nº 92, freguesia do Socorro, Lisboa. A 14 de agosto de 1879, na rua Nova da Palma, nº 69, nasce a filha, Alice Novais. No ano seguinte, a 9 de janeiro, Alice Novais foi batizada na Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Socorro e, segundo consta do assento de nascimento, o pai era retratista de profissão. Se atendermos aos dados contidos no Livro de Recenseamento Eleitoral do ano de 1882, António Novais aparece novamente registado como fotógrafo, morador na rua dos Canos, nº 58, freguesia do Socorro, casado e "elegível para cargos distritais, municipais e paroquiais". No Anuário Comercial de 1896, mantém-se a mesma atividade mas já com estúdio sediado na rua do Arco da Graça, nº 30. Note-se que nos anos subsequentes não aparece mais nenhuma referência a este estúdio como sendo de António Novais. Com a mesma morada surge-nos, tanto em 1896 como em 1897, outra casa fotográfica - "A Photographia Contemporânea" - também publicitada nos Anuários. Outro dado importante para a compreensão do percurso do fotógrafo é a provável proximidade entre António Novais e o pintor José Malhoa (1855-1935). Da vasta obra de Malhoa surge o retrato do fotógrafo Novais, pintado em 1901. O jornal "A Época", de 15 de maio de 1902, noticiava uma exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes com obras de pintores portugueses, na qual se destacava o retrato do fotógrafo Novais, considerado pelo redator a melhor peça da exposição. Este quadro foi oferecido pelo fotógrafo ao Museu de Arte Contemporânea de Lisboa (atual Museu do Chiado). Em 1904, o fotógrafo trabalha na calçada do Duque, nº 25, tal como se pode verificar pelo carimbo de uma das suas fotografias. Nesta morada, também trabalharam os seus irmãos Eduardo e Júlio Novais. Sobre Eduardo Novais a referência mais antiga que encontramos como fotógrafo data de 1885, no Livro de Recenseamento Eleitoral. Entre 1886 e 1890, os anúncios do Almanaque Comercial de Lisboa referem um estúdio de "Júlio & Novaes", na calçada do Duque, nºs 19-25 ("Antiga Fotografia Bastos", até 1885). Entre 1893 e 1899, Eduardo Novais aparece sózinho e mantém a mesma morada. Quanto a Júlio Novais, o mais novo dos irmãos, sabe-se que começou a trabalhar na "Photographia Bastos", em 1879, apenas com 12 anos de idade. Nesta data já António Novais trabalhava, pelo menos há cinco anos, o que nos leva a pensar que Júlio poderá ter aprendido com os irmãos. Júlio Novais esteve nesta morada durante 18 anos. Em 1897 abandonou a gerência desta casa fotográfica e inaugurou um novo estúdio - "A Phtographia Novaes", na rua Ivens, nº 28.

https://arquivomunicipal3.cm-lisboa.pt/X-arqWEB/Result.aspx?id=4824&type=Autoridade
Scope and content
A imagem original do retratado é uma gelatina e sal de prata, com a seguinte inscrição: "A. Novaes, a seu mano Alfredo, abraço velho a quem devo inúmeros favores".
Access restrictions
Acessível (nos termos do nº 2 e 3 do artº 79º do C. Civil) dada a notoriedade do retratado e ainda por deste retrato não resultar prejuízo para a honra, reputação ou simples decoro, bem como há autorização do doador, na parte que lhe cabe.
Conditions governing use
Reproduzível, contudo a reprodução de documentos encontra-se sujeita a algumas restrições tendo em conta o fim a que se destina a reprodução, face às normas que regulam os direitos de propriedade e à legislação sobre os direitos de autor e as exceções do nº 2 e nº 3 do Artigo 79º do Código Civil. A utilização da reprodução para efeitos de publicação está sujeita a autorização do dirigente máximo do CPF. O serviço informa, caso a caso, das opções disponíveis.
Physical location
Arquivo digital
Language of the material
Português
Creation date
19/10/2022 16:26:03
Last modification
21/10/2022 16:56:36
Record not reviewed.